Escuta empática

 


“A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-te. Portanto, se quiseres compreendê-la, não escute o que ela diz, mas antes, o que ela não diz.” Khalil Gibran

Essa frase do maravilhoso poeta Kalil Gibran me remete muito à escuta que praticamos na Comunicação Não Violenta. Em uma postagem anterior, falamos sobre a árvore da vida e os caminhos de conexão da CNV, e vimos que um deles é a escuta empática

 Na CNV, quando escutamos, buscamos ouvir não somente o que a outra pessoa diz, mas o que está nas entrelinhas. Para ouvir o que está vivo nela, colocamos o foco da nossa atenção em seus sentimentos e necessidades e assim podemos captar o que realmente importa.

Por exemplo: a um tempo atrás, Benki me disse algumas vezes: “você é a pior mãe do mundo!”. Se eu ouvisse somente suas palavras, eu iria ficar arrasada ou então poderia despejar sobre ele um monte de cobranças, do tipo: “me respeite, que eu sou sua mãe”.

Não sem algum esforço, eu consegui ouvir o que ele não conseguia dizer. Ele estava frustrado porque queria muito se divertir, e eu havia dado um limite ou coisa parecida. Esse é um jeito de escutar que está focado compreender a outra pessoa. Por isso ele favorece a conexão e ainda nos permite fazer escolhas sobre como queremos realmente responder ao que recebemos.

Faz sentido pra ti? Você consegue ouvir assim?