A árvore da vida da CNV


A árvore da vida da CNV é uma metáfora para os caminhos de conexão da Comunicação Não Violenta. Cada galho da árvore representa um dos caminhos que podemos seguir quando temos a intenção de conectar com a gente mesmo ou com o outro.

Em outras postagens aqui, já falamos que a intenção de conexão é o ponto de partida CNV. A partir dela, olhamos para os sentimentos, investigamos as necessidades e podemos fazer pedidos e escolhas conscientes. A árvore da CNV nos conta sobre como podemos integrar esses elementos essenciais pra buscar essa conexão que a gente quer.

A raiz da árvore é a Auto-empatia, ou seja: ouvir nossos próprios sentimentos e necessidades. É o caminho de conexão comigo mesma/o, e essa é a raiz porque é a base do processo, o início desse percurso. Só depois de conectar comigo mesma/o é que abro espaço pra ouvir o outro ou tenho elementos pra me expressar.

A prática da Auto-empatia fortalece o vínculo comigo mesma/o e me permite seguir pelos caminhos que vem depois, de conexão com o outro. E aqui posso fazer uma escolha: escutar o outro com empatia ou me expressar com autenticidade/honestidade. Esses são os galhos da árvore, e ambos os caminhos fortalecem o vínculo com o outro.

Na Expressão com autenticidade (ou honestidade), conto pro outro sobre como me sinto e do que preciso, buscando evitar o que possa soar como crítica, julgamento ou exigência.

O galho da empatia se ramifica em dois. A Empatia silenciosa envolve um exercício de imaginação em que criamos hipóteses sobre os sentimentos e necessidades do outro. Ele pode ser uma preparação para o momento seguinte de empatia verbal, mas em si mesmo tem um efeito de mudar o modo como enxergamos o outro.

A Empatia verbal é o momento em que checamos nossas hipóteses com o outro, perguntando se esses sentimentos e necessidades que imaginamos fazem mesmo sentido. Não se trata de tentar adivinhar, mas compreender o outro.

Todos esses movimentos tem o potencial de gerar conexão porque, ao focar a atenção nos sentimentos e necessidades, relembramos da nossa humanidade compartilhada. E assim abrimos espaço para o diálogo e podemos buscar soluções que cuidem de mim e do(s) outro(s).

E aí, você tem experimentado esses caminhos? Ou são estradas novas pra ti?