Como validar as emoções das crianças e adolescentes na Escola?
No texto passado, falamos sobre como transformar a Tomada de Consciência em um recurso eficiente a partir de elementos da prática da Comunicação Não Violenta. A proposta é apoiar as crianças e adolescentes a reconhecerem seus sentimentos e necessidades, e perceberem também os sentimentos e necessidades daqueles que podem ter sido prejudicados por suas ações.
Porém, para apoiar as crianças e adolescentes nesse processo, é preciso antes de tudo validar sua experiência emocional.
Como posso apoiar os alunos a reconhecer como se sentem,
se eu mesma não considerar que seus sentimentos são legítimos?
Porém, eu sei que pode ser muito desafiador lidar com a expressão das emoções das crianças e adolescentes quando isso interrompe o fluxo da aula, gera dispersão nos outros alunos, ou mesmo se essa expressão acessa ou desperta uma experiência emocional desconfortável no/a professor/a.
Então o que fazer?
Para conseguir ter uma atitude compassiva com seus alunos, o/a professor/a precisa ser compassivo/a consigo também. Reconhecer e acolher suas próprias emoções, e compreender as suas necessidades é o que vai abrir a porta para acolher as emoções das crianças e adolescentes.
Mas essa não é uma atitude que se consegue concretizar apenas por uma decisão de fazer diferente. Pelo contrário, é uma habilidade que se desenvolve, através do exercício e do apoio empático.
Desenvolver sua própria prática pessoal de conexão com as emoções e promover espaços de escuta e acolhimento na escola são estratégias que podem apoiar os/as professores/as a lidar melhor com as expressões emocionais dos seus alunos, instrumentalizando-os a utilizar o recurso da Tomada de Consciência de forma mais efetiva e transformadora.
Quer apoiar os professores da sua escola a aprenderem a lidar com as emoções dos seus alunos? Nós podemos te apoiar!
Postagem publicada em parceria com o Instituto Zeza Weyne. Para saber mais, acesse o site do Instituto.
