Para educar para a paz, é preciso pensar a formação dos educadores


Atualmente a importância da Educação para a Paz é quase uma unanimidade. Ela tem sido considerada como um instrumento importante para a concretização de uma cultura de paz, e tem sido tema em revistas de educação, eventos científicos, programas educativos, e inclusive políticas públicas.

Ao mesmo tempo em que isso é motivo de celebração, é preciso atenção ao risco de a Educação para a Paz ficar restrita a um discurso bem intencionado, mas que não é seguido por uma prática transformativa de fato, que leve em conta as especificidades de nosso contexto, favorecendo um trabalho crítico e politicamente conscientizador.

Nesse sentido, Paulo Freire defende que a construção da paz implica necessariamente na construção incessante da justiça social e na superação de realidades sociais perversas.

Segundo ele, a educação para a paz precisa desvelar o mundo das injustiças, não podendo de nenhum modo contribuir para tornar mais opaca essa realidade. Ou seja, no contexto de um país marcado por desigualdades estruturais como o nosso, a Educação para a Paz precisa trabalhar com processos de conscientização e problematização da realidade.

Para colocar em prática essa concepção de Educação para a paz, é indispensável pensar a formação dos educadores, tanto no sentido de despertar sua sensibilidade quanto de se apropriarem de novas práticas pedagógicas para uma educação transformadora.

É necessário também promover aos professores a reflexão sobre seus comportamentos e atitudes, buscando diminuir a distância entre o discurso e sua prática.

No Instituto Zeza Weyne, estamos comprometidos com uma Educação para a Paz que compreende essa complexidade da nossa realidade e nos dedicamos à formação de educadores sensíveis e capacitados para lidar com os desafios cotidianos e ao mesmo tempo com sua transformação pessoal.

OBS: Para esse texto, foram usadas como referências artigos de Marcelo Rezende Guimarães, Anita Freire e Kelma Socorro Matos.

 

Postagem publicada em parceria com o Instituto Zeza Weyne. Para saber mais, acesse @institutozezaweyne