Levar a Comunicação Não-violenta para a escola é construir efetivamente uma cultura de paz
A Comunicação Não-violenta (CNV) é uma abordagem desenvolvida pelo psicólogo Marshall Rosenberg, com o objetivo de cultivar relações mais saudáveis por meio de uma comunicação (verbal e não verbal) baseadas em respeito mútuo e cuidado consigo e com o outro.
Sua proposta é de transformação social e cultural, saindo de formas de pensar e se relacionar baseadas no uso do “poder sobre” os outros para formas de pensar e se relacionar baseadas no “poder com” os outros. Ou seja, a CNV propõe e promove a construção de uma cultura de paz.
No contexto da Educação, a Comunicação Não-violenta pode abrir caminhos de compreensão e comunicação entre professoras/es e alunas/os, apoiando o exercício do diálogo, o desenvolvimento das competências socioemocionais e a resolução de conflitos como oportunidade de aprendizagem da convivência.
A Comunicação Não-violenta nos oferece ferramentas concretas para compreender as motivações por trás dos comportamentos dos alunos, apoiar as crianças e adolescentes a escutarem a si mesmas e aos outros, se expressar com assertividade, sem fragilizar os vínculos e buscar soluções que equilibrem as necessidades de professoras/es e alunas/o.
Assim, o aprendizado e a vivência da Comunicação Não-violenta pelas/os professoras/es e outros profissionais da educação possibilita a criação de uma ambiência de cooperação e respeito mútuo na escola, o que favorece e potencializa os processos de aprendizagem. Além disso, a CNV também pode fazer parte do currículo, sendo ensinada para crianças e adolescentes.
Levar a Comunicação Não-violenta para a escola, permeando os processos de ensino-aprendizagem e a convivência dentro da comunidade escolar, é uma forma efetiva de construir uma cultura de paz dentro do ambiente que talvez seja o de maior vocação para isso.
Postagem publicada em parceria com o Instituto Zeza Weyne. Para saber mais, acesse @institutozezaweyne