Vinícius na lagoa – PARTE 5 (e última)


Então tá, bora pensar em como podemos agir com as crianças quando precisamos protegê-las, mas sem fragilizar a nossa relação com elas – nem a relação delas com elas mesmas.

Vamos seguir usando a historinha do Vinícius (se você não tá acompanhando essa novela, volta algumas postagens – hihihi). Em resumo, temos uma criança que quer nadar pra parte funda da lagoa (querendo cuidar talvez de PERTENCIMENTO, AUTONOMIA, DIVERSÃO OU LIBERDADE), e uma mulher (talvez sua mãe) querendo cuidar da segurança dele e poder RELAXAR e ter TRANQUILIDADE.

O que a Marta (ou qualquer outro adulto presente) poderia ter feito naquela situação?

Vamos pensar em algumas possibilidades…

1. Marta poderia ter perguntado se algum outro adulto estava disponível pra acompanhar o Vinícius nadando mais pro fundo da lagoa, enquanto ela curtia seu drink de boa.

2. Marta poderia ter tentado um combinado assim: Vinícius, eu nado com você até onde tá aquela plantinha, e depois voltamos e você fica no raso pra eu poder tomar meu drink despreocupada, pode ser?

3. Vamos imaginar que Marta não estava disposta a entrar na água. Ela poderia então fazer uma expressão honesta: Vinícius, eu não vou entrar na água agora, e tenho muito medo que você se afogue ou se machuque na parte mais funda da lagoa. Preciso que você fique no raso pra conseguir relaxar, pode ser?

4. Esse diálogo poderia ter ainda mais conexão se ela considerasse antes o que ele queria naquele momento. Algo assim: “Vinícius, eu vejo o quanto você tá querendo se divertir e explorar a parte mais funda da lagoa. Ao mesmo tempo, tenho muito medo que você se afogue ou se machuque se você for pra lá. Você consegue se divertir na parte rasa, onde você consegue tocar os pés no chão?

E aí, tem mais alguma ideia pra dar pra Marta?