coragem pra imaginar outro mundo


Alguma coisa ao longo da minha história de vida me fez olhar com desconfiança pra essa coisa chamada Sonho. Lembro muito bem de um planejamento do Núcleo de Psicologia Comunitária, na época da faculdade, quando a proposta era construirmos um sonho coletivo a partir dos nossos sonhos individuais. Eu nem sabia por onde começar.

Dois poetas me apontaram caminhos. Um deles, Eduardo Galeano, me ensinou que “A utopia está lá no horizonte”. E ela serve para que eu não deixe de caminhar.

O outro foi Thiago de Mello. Um trecho dele me marcou tanto que foi minha assinatura de e-mail por anos (até hoje, alguns amigos lembram, ahahah). Ele diz que “Quem não sonha o azul do voo, perde seu poder de pássaro”.

Recentemente, fui inspirada por mais dois escritos. Um deles foi uma postagem da Thayna Meirelles, que ela começava assim: “Quanto você persegue seus sonhos?”. Fiquei tão reflexiva. Pensando mesmo em que medida eu tenho me permitido sonhar nesses últimos dois anos, em que o peso do cotidiano parece estar me achatando contra o chão e o azul do voo tem estado bem distante da minha imaginação.

Então recordei esse trecho que tinha lido dias antes, em um livro de Marshall Rosenberg (criador da CNV):

“Pode ser que sozinhos não consigamos superar nossa herança cultural, mas o primeiro passo para gerar uma cultura que torne a vida mais plena é estar disposto a imaginá-la.”

Poesia e Comunicação Não Violenta tem sido minhas fontes de coragem pra sonhar e imaginar outros mundos. Quais são as tuas?