A empatia é natural?
Afinal, a empatia é inata ou tem que ser desenvolvida?
Olhar pro nosso mundo atual, pras relações predominantes nas sociedades ocidentais, nos levaria a crer que a empatia não é universal, mas sim uma característica que só alguns seres humanos possuem. Talvez aqueles mais iluminados, capazes de oferecer a outra face ou fazer uma resistência pacífica à invasão do seu país por outro.
Mas várias tradições espirituais, e agora também pesquisas científicas, estão demonstrando que sim, a empatia é natural, e não somente própria do humano, mas de toda a vida. Nossa versão humana da empatia, que se especializou em uma função psicológica, tem uma origem comum à capacidade das árvores de se conectarem através de suas raízes, e formarem relações de cooperação com os fungos (já ouviu falar das micorrizas?).
Agora bem, são séculos e séculos de um aprendizado cultural que nos distancia da nossa natureza, que como diz Marshall Rosenberg, é compassiva. Durante todo esse tempo a gente vem aprendendo (e ensinando!) a se relacionar através de um pensamento racional que enxerga o outro (incluindo a natureza) como objeto. E um objeto pode ser medido, avaliado, classificado… dominado!
Por isso, pra nos reconectarmos com essa sabedoria inata e ancestral, precisamos exercitar nossa capacidade de empatia, e também desaprender essa forma de pensar que nos entende como seres separados do universo.
É fácil? De jeito nenhum! E quando tentamos sozinhos, o desafio se torna ainda maior. Por isso, as comunidades e grupos de apoio são tão importantes.
Nosso Grupo Baldeia está aberto pra novos integrantes. Dia 12 iniciamos um ciclo de encontros pra praticar os caminhos de conexão da CNV, incluindo a empatia. Vem com a gente!