4 formas de receber uma mensagem difícil
Quando você ouve algo desconfortável, como você reage?
Marshall Rosenberg, o criador da Comunicação Não Violenta, descreveu 4 formas de reagirmos quando escutamos algo como crítica, julgamento, reclamação ou exigência.
Duas delas são as mais comuns, porque fazem parte do nosso aprendizado cultural sobre como nos relacionar com as pessoas. Elas geram desconexão, e quando reagimos assim, a tendência é gerar ou aprofundar um conflito. As outras duas formas de reagir são o convite da CNV pra gerar conexão.
A primeira forma de reagir é culpar o outro pelo que eu estou sentindo. Quando penso assim, a tendência é responder com acusações. Dizemos coisas do tipo: “Você fez muito pior…” ou “Eu fiz isso, mas foi porque você mereceu”. Essas respostas provavelmente vão levar a outra pessoa a se defender ou fazer novas acusações. E a treta segue sem ninguém se escutar de verdade.
A segunda forma é culpar a si mesmo. Essa forma de pensar é um prato cheio pros auto-julgamentos, e a nossa resposta vai ser cheia de justificativas. Dizemos: “Me desculpa, eu sou mesmo horrível!” ou “Eu fiz isso, mas é porque eu não sei fazer nada direito”. A situação com a outra pessoa pode até aliviar, mas a que custo? Como fica sua auto-estima depois de pensar isso sobre si mesma/o?
A terceira forma de reagir é conectar consigo mesma/o. Sim, é preciso conseguir fazer aquela pausa – o famoso “conta até 10” – e escolher ouvir os seus próprios sentimentos e necessidades. Talvez você precise se retirar do ambiente (licença, preciso ir ao banheiro!), talvez seja útil usar as listas ou um baralho de CNV. E talvez você precise de apoio de uma outra pessoa (alô, rede de apoio) nesse exercício de auto-empatia. Mas provavelmente depois dele você vai enxergar as coisas com mais clareza pra decidir o que quer responder.
A última forma é conectar-se com o outro, ouvindo para além do que foi dito. Conseguir traduzir aquelas palavras que foram ditas em sentimentos e necessidades. E assim voltar a enxergar a humanidade dela/e. E a partir daí construir um diálogo, tentando encontrar soluções que cuidem de ambos.
E você, consegue perceber quando reage de cada uma dessas formas?