As duas perguntas básicas da CNV



Pra viver a Comunicação Não Violenta no dia a dia, precisamos focar nossa atenção em duas perguntas essenciais.

A primeira delas é: “O que está vivo em mim/você?”

Essa é uma forma tradicional de se cumprimentar as pessoas em diversas culturas. Talvez pra você pareça mais familiar a expressão: “Olá, como vai?” ou mesmo um “Oi, tudo bem?”

Em outras línguas, o costume se repete:
How are you?
Holla, como estás?
Comment allez-vous?

Mas nós muitas vezes não vamos além da formalidade, e respondemos a pergunta… sem respondê-la de verdade.

Marshall Rosenberg (o criador da CNV) fala que essa é uma pergunta muito importante se queremos viver em paz e harmonia. E que, em geral, não costumamos respondê-la com honestidade porque não fomos educados a falar a linguagem da vida.

Pra contar o que está vivo em mim, eu falo pro outro sobre o que eu vejo (observação), como me sinto (sentimentos) e o que é importante pra mim (necessidades) naquele momento. E busco escutar do outro o que ele/a vê (observação), como se sente (sentimentos) e o que é importante pra ele/a (necessidades) naquele momento.

A segunda pergunta é: “O que podemos fazer para tornar a vida mais maravilhosa?” Essa pergunta acessa uma característica básica dos seres humanos: nós temos prazer de contribuir com os outros, desde que tenhamos liberdade para escolher.

Então, posso perguntar a alguém que ações minhas contribuem (ou não) pra tornar a sua vida mais maravilhosa. E posso contar para outra pessoa quais as suas ações que podem contribuir para tornar a minha vida mais maravilhosa. Em outras palavras, fazer um pedido.

E num diálogo, em que escutamos profundamente o que está vivo em cada um/a de nós, podemos construir juntos as soluções (estratégias) que tornam a vida de todos mais maravilhosa!

As duas perguntas básicas da CNV nos ajudam a construir relações de parceria, de ganha-ganha, e um jeito de viver que serve à vida.