O que a CNV não é
Existe bastante ruído sobre o que é Comunicação Não Violenta. Nas conversas informais com amigos e conhecidos, eu escuto algumas coisas como:
“acho que nunca vou conseguir usar a CNV, porque sou muito esquentado”
“eu usei os quatro passos e não funcionou”
“tou tentando ser empático, mas fico engasgado com minha raiva”
Então vamos conversar aqui sobre o que a CNV não é:
Usar a CNV não significa falar de um certo jeito ou com um certo tom de voz. Marshall fala que você pode até gritar em CNV. Como? Falando sobre seus sentimentos e necessidades.
CNV também não é uma técnica infalível, em 4 passos, pra você conseguir mudar o outro. Convencer, educar, moralizar a outra pessoa... não são objetivos da CNV. E ela também não se resume àqueles quatro componentes mais conhecidos: observação, sentimento, necessidades e pedido. Eles são importantes sim, mas como uma estrutura de uma forma de pensar – e enxergar o mundo, o outro e a si mesma/o – que é aonde a CNV que nos levar.
Por fim, CNV não é somente sobre compreender o outro e aceitar tudo o que ele faz. Compreender o outro é uma parte fundamental do processo, mas ela nos leva além: à busca de soluções que cuidam do que é importante para ambos, numa relação de parceria.
E você, já ouviu algum ruído sobre a CNV?
