Um coração compassivo


 Na postagem passada, contei pra vocês que falar as coisas para o outro numa linguagem compassiva, ou seja se expressar na linguagem da CNV, implica assumir a responsabilidade pelo que se diz. E que temos algumas formas de fazer isso.

Começamos contando pro outro que aquilo que tou dizendo é o que EU PENSO, o que EU ACHO, o modo como EU estou ENXERGANDO uma situação. E podemos aprofundar contando pro outro também o que EU SINTO e do que EU PRECISO, o que é importante para mim. Por isso a gente costuma dizer que é importante aprender a falar em primeira pessoa. É um jeito de assumir a responsabilidade!

Agora, tudo isso só pode ser considerado uma linguagem compassiva se partir de um coração compassivo. Quero dizer, se houver de fato a intenção de conexão (fortalecimento do vínculo), e não de simplesmente mudar a forma da outra pessoa se comportar. Se bem lá no fundo, você ainda estiver enxergando a outra pessoa como um inimigo, uma pedra no seu sapato, ou se os julgamentos ainda estiverem ecoando na sua cabeça, não vai adiantar ensaiar umas frases bonitas, mesmo que elas sigam a fórmula: observação + sentimento + necessidade + pedido.

Nas minhas investigações, tenho percebido cada vez mais que a linguagem (como dizemos) acaba acontecendo mais naturalmente, sem precisarmos nos prender tanto em quais palavras usar, se tivermos acesa em nós essa intenção (o que queremos de verdade) de enxergar a humanidade do outro.  Por isso tenho focado cada vez mais – tanto nos meus processos pessoais quanto na facilitação dos nossos cursos e grupos – em cultivar isso que é mais profundo, essa consciência do vínculo que existe entre todos nós! 

Sabendo que estamos todos ligados, como você quer se conectar com as pessoas?