Tudo bem não estar "tudo bem"


 

Tudo bem não estar "tudo bem"!

Vivemos tempos de muita instabilidade. Na saúde pública, na economia, no nosso humor. Há dias em que as notícias trazem esperança, as vacinas chegam de avião e os números da pandemia parecem positivos. Mas há dias em que essas mesmas notícias já não parecem tão animadoras. A quantidade de vacinas que temos nem dá pro começo, você fica sabendo de alguém próximo que teve diagnóstico (ou tá com sintomas) de Covid, e descobre que as estatísticas de Israel são muito melhores.

E aí, nesses dias, o que fazemos?

Eu te convido a oferecer um pouco de empatia a si mesma/o. Olha pros teus sentimentos: o que tá mais presente aí agora? Pode ser medo, preocupação, cansaço... Esses sentimentos podem te levar ao encontro de algo importante pra ti. Olha pras tuas necessidades: o que tá vivo aí agora? Pode ser proteção, segurança, tranquilidade...

Uma das formas de atender nossas necessidades é se conectar com elas. Daí podem surgir também escolhas mais conscientes. E se for preciso, pede apoio também! Pede escuta. Procura alguém que consiga simplesmente estar presente contigo, sem julgamentos, sem conselhos, sem soluções prontas.

A escuta empática é um dos presentes mais preciosos que a CNV me oferece cotidianamente. E ter pessoas a quem posso pedir apoio é algo vital pra mim. É isso que a gente chama comunidade de apoio e é nessa direção que a gente trabalha aqui no Projeto Belas Palavras. Se quiser entender melhor como isso funciona, manda uma mensagem. Quero te dizer que tudo bem não estar tudo bem!

PS: tou escrevendo esse texto pra vocês, mas também como um lembrete pra mim mesma! Sei que é desafiador assumir quando não estamos bem numa sociedade (e numa rede social) do espetáculo. Por isso tou aqui lembrando a nós todas/os. Tamo junto!