CNV na prática: traduzindo em linguagem compassiva


 

Você já tentou descobrir como dizer algo a uma pessoa de um jeito que não soasse como crítica, e ficou meio travada/o?

Há alguns dias recebi uma pergunta de uma participante da rede Belas Palavras. Era um pedido de ajuda, aliás um pedido que eu escuto muito de pessoas que estão buscando a ajuda da CNV pra transformar seu jeito de falar com as pessoas. Por isso, resolvi compartilhar aqui com vocês a minha resposta.

A pergunta era: “Como eu posso reescrever essa frase numa linguagem compassiva?”. E a frase era: “Você fica muito agitada na reunião!” Ela sabia que a frase guardava um julgamento, e queria dizê-la de um jeito que enriquecesse a vida. E sim, temos algumas formas de fazer isso!

Penso que um primeiro passo pra "reescrever" a frase em linguagem compassiva é assumir a responsabilidade pelo que você está falando. Dizendo por exemplo: "EU ACHO/EU VEJO que você fica muito agitada na reunião" ou "Você fica muito agitada na reunião, É COMO EU TE PERCEBO".

Uma forma de aprofundar mais ainda essa responsabilidade é quem está se expressando investigar seus sentimentos e necessidades. E se expressar desse lugar de vulnerabilidade. Poderia ser por exemplo: "Quando te vejo na reunião eu me sinto um pouco angustiada, porque preciso ir mais devagar" ou "Quando te vejo na reunião, fico ansiosa, porque preciso de mais calma". E pra isso, é preciso antes entrar em contato com seus próprios Sentimentos e Necessidades.

Dá pra perceber que não tem como simplesmente ligar uma tecla SAP, né?! Não existe um google tradutor de CNV. Sabe porquê? Porque se expressar usando a CNV implica em assumir a responsabilidade pelo que você está dizendo. E vamo combinar, isso nem sempre é fácil, né? Você acha desafiador?