O jogo do palpite

Jogo do palpite: imaginando sentimentos e necessidades de personagens se filmes

Aqui em casa a gente inventou um jogo que eu tou chamando de Jogo do Palpite. É assim: quando a gente assiste um filme, ou mesmo quando no meio de uma conversa qualquer, surge o assunto de algum filme que a gente assistiu e gostou muito, e a gente fica lembrando das melhores cenas, dos personagens e tal... Em algum momento eu proponho: Vamos jogar! Daí eu conto uma cena e pergunto: O que será que esse personagem tava sentindo nesse momento? Daí a gente fala alguns palpites. E depois: “Quais as necessidades dele/a na raiz desses sentimentos?” e nova rodada de palpites. Daí às vezes a gente vai pra outro personagem da mesma cena e se diverte muito assim. 

Hoje no almoço a conversa ia longe sobre direita e esquerda, vítimas e vilões... e a gente começou a lembrar do filme Malévola – aliás um dos meus favoritos da Disney! A gente foi recordando a história, e a pergunta era: porque a malévola tinha se tornado má. Daí fomos recapitulando: ela não foi convidada pro batizado da Aurora, mas antes tinham roubado as asas dela, ela era apaixonada pelo cara que era o pai da Aurora... até que chegamos na cena em que o tal pai da Aurora – que ninguém lembrou o nome – corta as asas dela e leva embora, enquanto ela dormia (percebam a observação, sem interpretação, aqui. Rsrs). Daí eu fiz a proposta: “Vamo jogar o jogo! Qual era o sentimento da Malévola nesse momento?”. Benki palpitou: ira, decepcionamento (amei a palavra!). Tatá palpitou: raiva. “E quais as necessidades dela que foram desatendidas pela atitude do cara?”. Benki palpitou: confiança. Eu palpitei: respeito, honestidade.

Daí veio a parte mais difícil: “E ele? Quais os sentimentos do pai da Aurora nesse momento?” Tatá palpitou: tristeza. Benki disse: “É, eu acho que ele tava triste nessa hora”. E o que mais? Benki: “Só triste mesmo e vamo direto pras necessidades!”. Morri de rir. “Muito bem, quais as necessidades?”. A gente teve que recapitular um pouco mais do filme pra lembrar do porque ele tinha feito isso. Benki palpitou: inclusição! Amei! Perfeito! Ele captou a mensagem. Acrescentei: pertencimento (outra palavra pra dizer a mesma coisa que ele havia dito), aceitação.

Ficamos todos animadíssimos com esse jogo. É uma alegria tão grande compartilhar CNV com o Benki de um jeito leve e divertido! Experimenta também com as suas crianças!